sexta-feira, 26 de outubro de 2018

EU E A OAB


2018 foi um ano difícil.

Mas tudo começa em 2013, 1º semestre.  Começo a faculdade de Direito na Facos, em Osório, hoje UNICNEC. O início, como sempre, foi um encanto. E até que foi encantador mesmo, durante todo o curso. Lembrando que decidi cursar Direito devido à minha curiosidade relativa à ordem “contratual” estabelecida entre os povos desde os tempos mais remotos.

Eis, então, que chega a tão temida prova da OAB, ou Exame de Ordem.  A aprovação em tal exame habilita o ser humano a exercer a advocacia. Quem cursa Direito escuta o nome desta prova todos os dias (no meu caso, noites). Todos dizem ser uma prova muito difícil. E é. Possui duas fases: a primeira, 80 questões objetivas, onde para obter a aprovação tem que acertar no mínimo 40 questões. Vale lembrar que cai questões de quase todas as áreas do Direito (horrível).

Mas montei uma estratégia, dei uma boa estudada no verão de 2018 e fiz a prova em abril. Muita alegria. Ao sair o gabarito, no mesmo dia da prova, 8 de abril, vi que logrei êxito em 48 questões (uhuul!!!).

Agora, tinha que estudar para a segunda fase. Escolhi Direito Penal. Esta etapa do Exame de Ordem seria  mais complicada para mim, pois não possuía a prática jurídica, muito menos trabalhei como estagiário. Mas enfim, vamos lá.

Comprei um curso muito bom, o CEISC. Assisti a 45 vídeos de média de 3 horas cada um. Fiz anotações. Entrava nas madrugadas. Isto era bem tenso, pois lecionava 40 horas em duas escolas.

Aí estava se aproximando o dia da prova, 27 de maio. Porém, uns 10 dias antes, a greve dos caminhoneiros atrapalhou a distribuição das provas para todo o Brasil. Segunda fase adiada para 10 de junho. Tudo bem, vamos estudar mais.

Chegou o dia 10. Fui tranquilo. A peça era Resposta à Acusação. Peça fácil. Sim, peça fácil. Ah, a segunda fase consiste em uma peça (um pedido de advogado), baseada em um caso fornecido pela banca examinadora e 4 questões. Temos que conseguir 6 pontos para a aprovação. Como disse, a peça foi fácil. As questões também. Saí feliz. Porém, no dia seguinte, a tristeza toma conta: percebi que havia escrito as respostas das questões no local errado. Sim, fiz isso. Cada questão (1 a 4) tem uma folha específica. Fiz corrido: respondi a questão 1 na folha correta, porém a dois pus abaixo, na mesma folha, e a questão 3 e 4 respondi na folha da questão 2.

Saiu o resultado e não deu outra: reprovei. Entrei com recurso, não deu certo. Mandei o recurso à ouvidoria, não deu certo. Me restava estudar tudo de novo para a repescagem: há uma segunda oportunidade para fazer a segunda fase, em caso de reprovação, não precisando voltar à primeira fase.

Foi horrível. A primeira fase do XXVI Exame (fiz a primeira fase do XXV) era só em agosto. A segunda fase em setembro. E eu estava no meio do TCC 2 e naquela vibe de fim de ano, onde estamos mais esgotados. Mas depois do abalo, revi os vídeos (muito horrível), bem como algumas questões que me causavam mais dúvida.
Eis que chega o dia 16 de setembro. A peça era Memoriais. Um pouco mais difícil que a outra. Mas saí confiante. O resultado só sairia em 9  de outubro. Que espera mais sofrível. Mas esse dia chegou.

Com a nota de 6,95 consegui a aprovação. Muita alegria, principalmente devido às circunstâncias.
Não deixa de ser um exemplo de superação, né...

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