domingo, 17 de janeiro de 2016

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Agora querem fazer uma reforma na educação básica. Depois da reforma, a educação escolar terá uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Um dos temas mais polêmicos da reforma é quanto aos conteúdos de História. Por que a polêmica? Porque em uma primeira análise, querem deseuropeizar o ensino e, em contrapartida, nacionalizá-lo. Partindo disto, observou-se algumas coisas das quais, para muitos especialistas, não condizem com o "bom" ensino de História. Mas bem, não entrarei aqui de forma aprofundada nesta questão. Deixo claro, entretanto, que a polêmica desencadeou um debate nacional sobre as propostas e, convenhamos, isto é fundamental para o progresso educacional de nosso país. Quanto a isto estamos de parabéns. E Obviamente que os conteúdos serão comuns nacionalmente, porém, cada região pode adaptá-los a sua realidade, e esta possibilidade está inclusive na LDB.

Porém, acredito que a reforma educacional da qual trata-se e que está em discussão, está focada, não devemos esquecer, nos conteúdos a serem tratados em sala de aula (ou outro ambiente sugerido pelo corpo docente) com nossos alunos (crianças e adolescentes).Quanto a isto, fico pensando no sucesso alcançado pela reforma na construção cidadã daqueles alunos que vivem em uma sociedade  sem propostas de reforma. Uma sociedade carente de boas intenções governamentais e ao mesmo tempo campeã em pagamento de impostos que não possuem retorno algum. Enfatizo aqui não estar levantando nenhuma bandeira partidária, muito menos referindo-me ao governo atual. O problema é histórico (História, aquela disciplina que querem reformar). Fico aqui pensando na falta de propostas de reforma na qualificação do professorado, por exemplo. Penso também na falta de propostas que incentivem egressos da educação básica a serem educadores. Pergunto-me quais seriam os principais incentivos a estes egressos... Alcanço várias respostas que poderiam, perfeitamente, ser tema de debate também no Ministério da Educação.

A escola é fundamental na construção cidadã do aluno. Porém, de forma majoritária em nossas instituições, o aluno fica no máximo 4 horas por dia no ambiente escolar. Isto quer dizer que as outras 20 horas compete à família do educando um desempenho educacional de qualidade (creio não estar cometendo nenhum exagero).  Partindo disto, pergunto-me novamente sobre o que mais, e de fato, tem de ser reformado... 

E ai, de que forma podemos ajudar?

Por Marcos Evaldt

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Oportunidades, arrependimentos e consequências

Vivemos dias de muitas oportunidades. Uma escolha, obviamente, faz você abdicar de muitas outras. Consequência: arrependimento hoje, arrependimento amanhã, arrependimento sempre. É preciso saber lidar com a nossa era. Era essa em que tudo escorre pelas mãos, em uma liquidez (lembro aqui de Zigmunt Bauman) que torna sólido hoje o que amanhã será apenas lembrança de uma satisfação instantânea. Vivemos um tempo de muito, que mal administrado transforma-se em nada no nosso amanhã cheio de faltas de tempo e de correrias. Passamos tanto tempo pensando em adquirir bens materiais, que esquecemos do nosso presente. Consequência: a vida boa, a vida sonhada, a felicidade está sempre no futuro. E isso faz do nosso presente um trampolim para o futuro feliz que está logo ali. Mas esta tal de felicidade nunca chega. O trampolim vai se deteriorando com o tempo e nossas pernas já não saltam com tanta eficiência como ontem. Já não temos tanta coragem para construir um novo trampolim, muito menos forças. O jeito é acostumar-se com o que temos e conseguimos. Nos conformamos como se tivéssemos fracassados na missão de alcançar um futuro de felicidade utópica, maquiado por bens materiais e fim de servidão ao relógio. Nos resta refletir sobre o que há de mais importante no presente e o que queremos para o nosso amanhã.

Por Marcos Evaldt 

Um pouco grosseiro

O presidente Jair Bolsonaro está meio descontrolado. Dizem que ele sempre foi, mas não possuo muitas provas. Ao dar a sua costumeira entr...