Jessé Souza, em seu livro "A elite do atraso", diz que a Europa de fins da Idade Média fez um pacto social pela vida. Diz que o Brasil, ao contrário, possui até hoje as consequências de um pacto escravagista.
Quando do início da pandemia, tentaram minimizá-la comparando aos números anuais de homicídio, de mortes por malária etc., revelando uma banalização da morte, e não uma vontade de estancar qualquer "tipo" dela.
E agora, quando os números de mortes por COVID-19 no Brasil ultrapassam os 5 mil, ultrapassam China, ultrapassam o esperado, falamos:
"E DAÍ?!" ou
"NÃO SOMOS COVEIROS."
Afinal, a falta de empatia parece estar associada à conclusão de que já se sabe quem vai morrer.
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